sábado, 12 de novembro de 2011

Portugal empata 0-0 com a Bosnia

Quaresma não jogou, ainda aqueceu durante um tempo mas não foi opção de Paulo Bento.
"Portugal fez mais do que sair com vida do inferno de Zenica. O empate com a Bósnia (0-0), que adia a decisão do play-off para o jogo da Luz, acabou por ser um objectivo mínimo, bem alcançado. Mas fica a sensação de que não seria impossível, bem pelo contrário, traduzir no marcador uma superioridade que ficou bem patente, em especial na primeira parte. Um golo fora teria sido o prémio mais justo para uma equipa que se reencontrou. Num relvado impróprio para um jogo com esta importância, e cujo estado foi agravado pela rega, a duas horas do jogo, Portugal deu prioridade à solidez e a consistência, opção traduzida na titularidade de Miguel Veloso a meio-campo. Jogando a trinco, o médio do Génova libertou Raul Meireles e Moutinho para terrenos mais adiantados, ajudando a equipa portuguesa a ganhar capacidade de pressão. Na prática, a Bósnia não existiu em termos ofensivos durante toda a primeira parte, e as oportunidades de golo, escassas, foram todas portuguesas. Pepe foi o maior símbolo de uma equipa solidária e compacta, não só pela forma como ganhou todos os duelos a Dzeko, mas também pela inteligência com que, recorrendo sistematicamente às bolas longas, obrigou a Bósnia a recuar as linhas. Ronaldo, muito marcado, encarava as dificuldades com atitude de capitão, e logo aos 18 minutos arrancou um amarelo a Salihovic, que o deixa fora da segunda mão. Sem que Patrício tivesse de fazer uma defesa, o intervalo chegava com Portugal a dominar, em todos os aspectos. Curiosamente, foi na fase em que a Bósnia, mais agressiva no recomeço, já tinha equilibrado as operações que surgiram as melhores ocasiões para Portugal. Na primeira, Ronaldo, isolado por um magnífico passe de Nani, rematou ao lado, ficando a queixar-se de um tufo de relva que lhe desviou a bola no momento exacto. Na segunda, Postiga, à meia-volta, atirou um palmo ao lado do poste, na sequência de um dos muitos livres conquistados pela Selecção. O jogo teve uma terceira etapa, que coincidiu com a entrada de Ibisevic. A Bósnia passou a jogar num 4x4x2 claro, e Dzeko ganhou companhia para inquietar mais os centrais portugueses. Pepe, imenso ao longo dos 90 minutos, e Bruno Alves, quase tão bem, iam chegando para as encomendas, mas uma falha de João Pereira na subida para o fora-de-jogo, permitiu a Ibisevic aparecer na cara de Rui Patrício. Desta vez, a relva ajudou, e o remate saiu por cima, evitando uma injustiça flagrante no marcador. Alertada por esta ameaça, a Selecção portuguesa, que já tinha Hugo Almeida e Micael em campo, acabou novamente por cima, ganhando cantos, e silenciando os adeptos bósnios. Só faltou mesmo o tal golo fora para os sorrisos serem mais rasgados. Mas esta noite, em Zenica, Portugal voltou a ser uma equipa sólida e madura.

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