quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Quaresma faz capa de hoje do Jornal "a Bola"



Holofotes a incidirem no regresso de Ricardo Quaresma ao FC Porto, extremo a contar as horas para vestir de novo a camisola do dragão e o tempo a esgotar-se como ele deseja, deverá tudo acontecer amanhã à tarde, sexta-feira, será o dia um de uma nova vida. 
Esta contratação vai ao encontro dos desejos de Paulo Fonseca, que reclamava a chegada de mais um extremo para ganhar imprevisibilidade, mas também se insere no espírito vintage do dragão, que há dois anos recuperou Lucho com sucesso e aposta agora na magia de outro emblema que também deixou muitas saudades. Quaresma volta com 30 anos, mas a questão da idade não se coloca, a generalidade dos adeptos acredita que o extremo poderá ter a varinha de condão para solucionar os problemas ofensivos no dragão.

Quaresma, o sr. rabona e sr. trivela, chegou ao futebol em 1990, com sete anos, para jogar no Domingos Sávio. Um ano depois ingressou no Sporting para se treinar sob orientação do carismático César Nascimento. Foi dando nas vistas pelo intenso virtuosismo, sendo campeão nacional de infantis em 1994/95 e, quatro anos depois, de juvenis, altura em que passou a receber 10 mil escudos (50 euros) mensais. Em 2000, com 16 anos, passou diretamente para a equipa B, não tendo chegado a atuar nos juniores do Sporting. Nesse ano sagrou-se campeão da Europa de sub-17.

Em 2001, ainda com 17 anos, integrou a tempo inteiro o plantel principal do clube de Alvalade, sob orientação de Laszlo Boloni, sagrando-se campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal e da Supertaça Cândido de Oliveira. A seguir à pobre temporada coletiva de 2002/03, Ricardo Quaresma transferiu-se para o Barcelona a troco de 6 milhões de euros. Não foi um ano feliz: apenas 21 jogos pelos catalães.

No início do verão de 2004, quando Deco saiu para o Barcelona por 15 milhões de euros, o FC Porto foi buscar Quaresma, cujo passe estava avaliado em seis milhões. A passagem pelo Dragão foi a fase mais feliz da carreira de Quaresma, com a conquista de três campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça Cândido de Oliveira e uma Taça Intercontinental.

Em setembro de 2008, os italianos do Inter, treinados por José Mourinho, interessam-se por Quaresma e o jogador sai para Milão a troco de 18,6 milhões de euros (mais o passe de Pelé). Começou muito bem a temporada, mas ouviu também as primeiras críticas de Mourinho: «Tem grande talento, mas a alegria que vejo em Ibrahimovic, não vejo em Quaresma. Terá de aprender e jogar com mais alegria, caso contrário não jogará. Mas acho que será mais disciplinado taticamente no futuro». No final da época ser-lhe-á atribuído o prémio Bidone d’oro, para o maior flop da época.

Em fevereiro de 2009, muda-se para os ingleses do Chelsea até final da temporada. Em março, refere à imprensa londrina que estava a sentir mais confiança. Mas depressa deixa de jogar e regressa a Milão no início de 2009/10. O Inter quer vendê-lo, mas ninguém se mostra interessado em pagar o valor que os milaneses pretendem. Fica no Inter, sagra-se até campeão da Europa, mas nunca se mostra capaz de ser titular.

Sem comentários: