sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quaresma é o português do campeonato com mais golos no acumulado

Dos jogadores nacionais que atuam na Liga NOS, ninguém fez tantos golos como o extremo portista, que aumentou para 41 o número de vezes que atirou a bola para o fundo da rede em desafios do principal escalão.

Portugueses (na Liga) com mais golos na prova
Jogadores Jogos Golos
Ricardo Quaresma 209 41
Éder 139 34
Manuel José 208 26
Marinho 191 21
Adrien Silva 138 21
Com os dois golos ao Estoril, onde também brilhou nas assistências, Quaresma recuperou o lugar mais alto da aclamação pública e deixou os portistas novamente rendidos ao seu talento, isto numa fase em que o seu contributo é ainda mais importante, face à lesão de Tello.
O internacional português tem, como se pode consultar na tabela, mais sete golos do que Éder, que o segue neste particular, ainda que o avançado do SC Braga tenha menos 70 jogos que o Mustang.
Ainda assim, tal não minimiza a proeza de um jogador que até é mais conhecido pelas assistências do que pelos golos que marca.

Carlos Azenha e André Castro garantem: Quaresma mudou
 
 
O antigo treinador adjunto do FC Porto considera que o extremo dos dragões tem mudado nos últimos tempos, mas quando trabalhou com ele, já era um jogador irreverente mas que trabalhava muito. O antigo colega de equipa vê um aumento de consistência de Quaresma nas assistências e cruzamentos. «Não vale a pena esconder, o Ricardo era irreverente. Mas atenção: trabalhou sempre muito e bem. Todos os futebolistas são egoístas, o Ricardo era assim, mas soubemos tirar partido dessa irreverência e egoísmo. Teve um rendimento espantoso connosco, o Jesualdo sabia lidar com ele», afirmou Carlos Azenha ao MaisFutebol.
André Castro tem uma opinião na mesma linha que o treinador, dizendo que Quaresma está cada vez melhor a assistir os colegas de equipa: «Vê-se um aumento da maturidade e consistência. Era mais intermitente, agora faz tudo de forma muito natural. E é o melhor a cruzar e a fazer assistências».

Metamorfose. Transformação. Ninguém sabe bem onde começou. Todos são capazes de identificá-la.

Pista número um: o FC Porto a golear por 4-0 e Quaresma, o alvo do nosso estudo, a fazer um pique no meio-campo e a roubar a bola a Matheus, do Estoril; impensável há uns anos.

Pista número dois: o FC Porto a perder por 2-1 na Madeira, para a Taça da Liga, e Quaresma a ser substituído por Gonçalo Paciência sem sinais exteriores de incómodo, vulgarmente conhecidos por azia; impensável há uns anos.

Pista número três: Quaresma lançado para os últimos 17 minutos do Nacional-FC Porto e a ser, nesse período, o dragão mais inconformado; há uns anos, o que teria sucedido se jogasse tão pouco tempo?

«Nesse jogo, o Quaresma ganhou os seis duelos individuais que teve. E agora frente ao Estoril foi o melhor em campo. Partiu tudo». As impressões de João Nuno Coelho, sociólogo e investigador na área do futebol encontra eco na própria avaliação.

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